quarta-feira, 14 de abril de 2010

Compania Ópera Seca no Brasil

Na sexta-feira, dia 19, começou o Festival de Curitiba com grandes peças de teatros com renomados autores neste ramo. Cia. Ópera Seca, criada há 25 anos era sinônimo da obra de Gerald Thomas, pois ele sempre dizia que estava cansado da mesmice que o teatro vinha trazendo, decretou sua aposentadoria nos palcos e deixou uma lacuna que começa a ser preenchida desde então. O primeiro trabalho que foi realizado é “Travesties”, que teve sua estréia nacional no dia 19 de março, trazendo uma releitura do escritor britânico Tom Syoppard.
Mais conhecido pelos roteiros de cinema nos quais trabalhou, como “Império do Sol” e “Shakespeare Apaixonado”, Stoppard – que veio ao Brasil em 2008, para participar da Flip – alcançou sucesso de público ao ver a peça “Rock ‘n’ Roll” (2006) encenada na Broadway.
A história de uma banda de rock na Tchecoslováquia comunista agradou Vilela, interessado em abordar o papel da revolução nas artes. Por conta própria, fez ele mesmo uma tradução, mas descobriu depois que os direitos da peça já haviam sido comprados.
Com pressa, na sequência entrou em contato com o autor, que ficou horrorizado ao saber que o diretor pretendia adaptar “Travesties” só por ter lido a sinopse.A trama, escrita em 1970, se passa entre a casa do diplomata Henry Carr e uma biblioteca pública de Zurique, durante a Revolução Russa. De sua cabeça, Carr imagina encontros reais e imaginários entre Lênin, James Joyce, o dadaísta Tristan Tzara e Oscar Wilde, entre outros, numa montagem com espírito de farsa. Por causa do título da obra “Travestis”, em inglês, até agora não conseguiu patrocínio, nem verbas de incentivo fiscal.
Atores, figurinistas e cenógrafos estão trabalhando de graça. O objetivo de trazer este espetáculo para Curitiba é, além de prestigiar a obra, trair apoiadores.

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